O câncer de rim é uma doença rara, e que corresponde a apenas 3% de todos os cânceres existentes. Nos últimos tempos, tem aumentado o número de casos por ano, ao mesmo passo que o tratamento está avançando.
O aumento do número de diagnósticos ocorre pela facilidade de exames atualmente, e estes acabam sendo feitos “por acaso”.
Você conhecerá diversos avanços que permitem o tratamento desta doença e aumento do tempo de vida de pacientes com este tipo de neoplasia (ou câncer).
Quais as causas?
Não existem causas aparentes para o surgimento do câncer renal, porém, alguns fatores de risco podem aumentar a chance de desenvolvimento da doença; conheça alguns destes:
- Tabagismo: estima-se que pacientes que fumaram durante suas vidas, tem chance de 1,4 a 2,5 vezes mais que os demais de desenvolverem este tipo de câncer.
- Hipertensão: ainda não sabemos se é a hipertensão em si (pressão alta), ou os medicamentos utilizados para tratá-la que aumentam a chance desta neoplasia.
- Hereditariedade: a presença de casos prévios na família pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença em até 3 vezes. Muitas vezes, esta hereditariedade está relacionada com síndromes genéticas, que podem se manifestar de diversas outras formas.
Como identificar através de sintomas?
A identificação do câncer de rim através de sintomas é muito rara, e o diagnóstico costuma ser feito “acidentalmente” com consultas e exames de rotina.
Além destes sintomas, existem outros típicos de qualquer câncer, e que devem servir de alerta tanto para o médico quanto para o paciente:
- Perda de peso;
- Perda de apetite;
- Fadiga e cansaço;
- Anemia;
- Febre.
Sendo assim, na presença de qualquer um destes sintomas, procure imediatamente o seu médico!
Quais os tipos de câncer de rim?
A classificação do grau do câncer é chamada de estadiamento, e costuma se basear em três aspectos principais:
- Tamanho do tumor primário;
- Presença de tumores nos linfonodos locais;
- Presença de metástases (outros focos do tumor) em outras partes do corpo ou não.
A partir destas informações, classificam-se os cânceres de rim em 4 principais estágios (ou graus):
- GRAU 1: O tumor tem até 7 cm, está presente somente no rim.
- GRAU 2: O tumor é maior que 7 cm, mas ainda está contido no rim.
- GRAU 3: O tumor começa a invadir algumas estruturas do rim, e já pode estar presente nos linfonodos locais ou regionais.
- GRAU 4: O tumor ultrapassou os limites renais, já pode ter invadido órgãos locais e em alguns casos, há presença de metástases (invasão de outros órgãos pelo tumor).
Quais os tratamentos?
Existem diversas formas de tratar o câncer renal, sendo as técnicas cirúrgicas as mais escolhidas entre os oncologistas e nefrologistas.
Existem alguns procedimentos mais e outros menos invasivos, que serão sempre escolhidos conforme a gravidade da doença, e visando o bem-estar e a boa recuperação do paciente.
Diferente dos outros tipos de tumores e cânceres, os renais não costumam responder bem à quimioterapia e radioterapia, sendo assim, escolhidos métodos cirúrgicos.
Conheça alguns dos métodos que podem ser utilizados, a seguir:
1. Nefrectomia Radical ou Parcial
É uma técnica cirúrgica que visa a retirada somente da área do rim que foi afetada/tomada pelo câncer (parcial) ou retirada completa do Rim (radical).
A Nefrectomia Parcial costuma ser utilizada em casos de tumores de até 4 cm. Já a Nefrectomia Radical, pode ser utilizada para casos maiores de 4 cm ou quando invade estruturas vizinhas.
Estas cirurgias podem ser feitas de modo aberto (tradicional), ou pela laparoscopia (assistida ou não por Robô) – um método moderno e menos invasivo, que promete melhores resultados estéticos e uma recuperação mais rápida e tranquila ao paciente.
2. Crioterapia
Faz parte de um dos novos tratamentos para o câncer de rim, e consiste na destruição do tumor e de todas as suas células pelo congelamento.
Essa técnica pode ser utilizada em casos selecionados, podendo ser realizado por laparoscopia ou guiada por tomografia.
3. Radiofrequência
O seu mínimo grau de invasão e método se assemelha em muito com a crioterapia.
O diferencial ao método anterior, é que desta vez, as células tumorais são destruídas através de ondas de calor, a partir do isolamento do tumor e de suas células.
Vale lembrar que o melhor tratamento será decidido entre você e seu médico, levando em conta sempre a melhor recuperação e maiores chances de sucesso!
Quais cuidados devem ser tomados no pós operatório?
Depois de feita a operação para a remoção do câncer de rim, o paciente será orientado pelo seu médico a tomar alguns cuidados. Estes, visam sempre acelerar a recuperação do paciente, e também, minimizar eventuais complicações.
Conheça algumas das recomendações a seguir:
- Remédios para amenizar a dor: o crescente uso de técnicas minimamente invasivas (laparoscopia e cirurgia robótica) diminuem quase que completamente a necessidade de uso de medicações analgésicas, devido a menor dor pós operatória.
- Alimentação: Em alguns casos, o paciente pode alimentar-se no mesmo dia da cirurgia.
- Retorno às atividades habituais: Com a laparoscopia e robótica, o paciente retornará precocemente às atividades habituais.
- Higienização do dreno: em alguns casos, o paciente precisa utilizar o dreno para a retirada de sangue e urina, decorrentes da operação.
- endo assim, deverão ser seguidas todas as instruções de higiene e cuidados com este equipamento.
- Cuidados com a evacuação: para ir ao banheiro, o paciente deverá tomar diversos cuidados. Um deles, é entender que a constipação (ou intestino preso), pode ser uma consequência do procedimento cirúrgico.
- Higienização da ferida: depois de ir para casa, o paciente poderá tomar banhos no chuveiro, desde que lave e seque corretamente a ferida cirúrgica. Depois de então, serão feitos curativos conforme a orientação médica. A laparoscopia proporciona menores incisões, minimizando dor pós-operatória, diminuindo o risco de infecção e melhorando o efeito estético.
- Atividades físicas: caminhadas leves devem ser feitas para que o paciente não passe a maior parte do seu dia na cama. Isso melhora e acelera o processo de recuperação.