O câncer de próstata é uma doença importante que acomete os homens.
Sua incidência vem crescendo dentre a população masculina, sendo o segundo câncer mais frequente. Sendo assim, a prevenção se torna essencial para reduzir as possíveis complicações desta doença.
Atualmente, existem diversas formas de tratar e eliminar a doença, e quanto antes se der o diagnóstico, maiores as chances de sucesso!
Quais as causas?
Não existem causas bem determinadas para a doença, porém são conhecidos alguns fatores de risco e que aumentam as chances do seu desenvolvimento:
1. Idade
Este tipo de câncer costuma afetar 10% dos homens com 50 anos, 30% dos homens com 70 anos e 100% dos homens com 100 anos, e por isso, a partir dos 50 anos de idade recomenda-se o toque retal (feito anualmente, pelo médico responsável) e coleta do PSA (exame de sangue que auxilia na detecção deste mal).
Com todas as melhorias de condições de vida, as pessoas passaram a viver mais, e sendo assim, as doenças que aparecem com a idade tendem a aumentar: o câncer de próstata é uma delas.
2. Etnia
A cor pode interferir na chance de se ter um câncer de próstata: a doença é duas vezes mais comum em homens negros, se comparados a brancos.
3. Hereditariedade
Atualmente, conhecem-se diversas doenças hereditárias, que interferem diretamente na chance de desenvolver diversas doenças.
Quando se tem um parente de primeiro grau com câncer de próstata, as chances aumentam em duas vezes.
Como identificar através de sintomas?
A sintomatologia varia muito conforme o caso de cada paciente. Alguns até identificam sintomas, mas classifica-os como “normais” da idade.
Conheça a seguir, alguns “incômodos” que devem servir de alerta para os homens:
- Dificuldade e dor para urinar;
- Aumento da vontade de urinar durante a noite;
- Sangue na urina ou no sêmen;
- Disfunção erétil e queda no desempenho sexual;
Estes costumam ser alguns sinais de alerta para o câncer de próstata, e podem aparecer em estágios iniciais da doença.
Muitas vezes, os homens ignoram estes primeiros sintomas, e procuram o médico com uma queixa de dor intensa nas costas. Esse sintoma pode indicar a presença de metástase (que o câncer já se espalhou) na coluna, sendo um grau mais sério e complicado do câncer.
Quais os tratamentos?
Existem algumas opções de tratamento para o câncer de próstata, que serão sempre indicadas pelo seu médico, mediante a análise individual do seu caso.
1. Cirurgia:
A prostatectomia radical (retirada da próstata e das vesículas seminais) é o tratamento indicado para paciente com elevada expectativa de vida e doença confinada a próstata. Esta pode ser realizado por via aberta (convencional), por via laparoscópica e assistida por robô.
Se feita por um bom profissional, promete excelentes resultados e mínimas sequelas.
Por isso, é essencial que o cirurgião seja escolhido com base em boas referências e histórico.
2. Radioterapia
A radioterapia é uma forma de tratamento que consiste na utilização de ondas para “matar” o tecido cancerígeno.
O número de sessões e o tempo de tratamento serão determinados pelo médico, após a análise da doença e avaliação de sua gravidade.
3. Quimioterapia
A quimioterapia é um tratamento feito mediante injeção de medicamentos em veias ou catéteres do paciente.
Costuma ser agressiva e trazer alguns efeitos adversos que assusta a maioria dos pacientes.
Assim como a radioterapia, será feita em sessões. A frequência e duração deste tratamento será negociado com o oncologista responsável pelo caso.
4. Crioterapia
Esta modalidade de tratamento consiste em isolar o tecido afetado pelo tumor, e “matá-lo” através do congelamento.
É uma técnica minuciosa, e que deve ser feita por um cirurgião altamente especializado.
Se meu caso for de cirurgia, como ela funciona e quais os riscos?
A cirurgia consiste na retirada completa da próstata e pode incluir também a retirada dos linfonodos ao redor do órgão a depender do caso.
Isso ira variar a depender da intensidade e tamanho do seu câncer, e deverão ser analisados pelo médico.
A quantidade de dias de internação e repouso serão dados pelo seu médico, conforme a técnica utilizada (aberta, laparoscópica assistida ou não por robô) e evolução do quadro.
A maioria dos pacientes costuma ter medo das possíveis “sequelas” desta cirurgia, e sendo assim, faremos um breve resumo sobre as complicações possíveis:
1. Reações à anestesia
Esta complicação é um risco de toda e qualquer cirurgia, visto que o paciente estará submetido à uma medicação, até então desconhecida para o seu corpo. Atualmente as medicações utilizadas são altamente modernas e esse riscos são bem menores que antigamente.
Por isso, é essencial uma visita pré-anestésica para minimizar estas chances.
2. Disfunção erétil
Talvez esta seja uma das maiores preocupações dos homens!
Porém, atualmente, as cirurgias são minuciosas e com menores riscos. Mas, em alguns casos pode ser que algum nervo seja lesionado, interferindo nos mecanismos de ereção.
Para tratar este problema, existe uma infinidade de medicamentos, que serão receitados pelo seu médico se necessário.
3. Incontinência urinária
A incontinência também é um dos medos da maior parte dos pacientes! Porém, são raríssimos os casos em que o paciente perde totalmente o controle após a cirurgia.
O que pode acontecer, são pequenas alterações em dias e semanas após a cirurgia, retornando ao estado normal depois deste tempo.
Quais cuidados devem ser tomados no pós operatório?
O sucesso de uma cirurgia depende da escolha da técnica cirúrgica adequada e da experiência do cirurgião com o método escolhido. Conheça algumas precauções e recomendações no pós-operatório da prostatectomia:
1. Deambulação após a cirurgia
Dentro de 24 horas após a cirurgia, recomenda-se que o paciente faça caminhadas leves. Isso permite que o sistema circulatório seja estimulado e melhora a autoestima do paciente.
2. Cuidados com o curativo
O curativo da ferida será explicado pelos médicos e enfermeiros, e é ideal que a higienização e aplicação de medicamentos sejam feitos exatamente como o recomendado.
3. Atividades físicas
Aconselha-se repouso no primeiro mês após a cirurgia, no intuito de melhorar a recuperação e aumentar as chances de sucesso.
O paciente pode levantar e realizar pequenas caminhadas, porém jamais praticar esportes, como futebol.
4. Alimentação
Aconselha-se a preferência por alimentos mais leves e de fácil digestão, de modo a auxiliar o organismo como um todo na recuperação!