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Tratamento da Litíase: Tudo que você precisa saber sobre o assunto

Litíase

A litíase corresponde à um estado patológico, em que há a formação de cálculos (popularmente conhecidos como “pedras”), em rim, ureter e bexiga.

A gravidade da doença, a necessidade de cirurgia ou tratamento clínico medicamentoso dependerá do tamanho, localização e dureza do cálculo. Portanto, é preciso uma análise médica antes da indicação do melhor tratamento.

Sabe-se que o tratamento cirúrgico foi a forma de escolha durante muitos anos, e acarretava em diversos malefícios para o paciente. Atualmente, existem técnicas endoscópicas e minimamente invasivas capazes de tratar os cálculos do sistema urinário.

Quais as causas de litíase?

As causas da litíase são diversas. História familiar, estados de hiperuricemia (Ácido úrico elevado), síndrome metabólica (diabetes mellitus e hipertensão arterial), hábitos alimentares inadequados e baixa ingesta hídrica são os principais fatores de risco para litíase.

  • História familiar: se você possui algum familiar de primeiro grau, que possui histórico de nefrolitíase e cálculos, saiba que suas chances de desenvolvê-los são 2,5 vezes maior que a população em geral.
  • Infecções do trato urinário de repetição: Infecção urinária de repetição por alguns tipos de bactéria podem levar a formação de cálculos nos rins e na bexiga.
  • Medicação: alguns fármacos elevam as chances de cálculo renal. Isso acontece porque a sua metabolização (ou “preparo” para ação), costuma ser feito no rim. Por exemplo, o aciclovir pode compor este grupo.
  • Obesidade: Índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 Kg/m2 torna os homens com 30% a mais de chance de desenvolver cálculo.
  • Hipertensão arterial sistêmica: pacientes que sofrem de pressão alta, tem a chance dobrada de litíase renal.
  • Baixa ingestão de água: pessoas que não têm o hábito de tomar água durante o dia, estão mais propensas à doença.
  • Alterações metabólicas: pacientes com diabetes, resistência insulínica e obesidade possuem maiores chances de desenvolver cálculos.

Sintomas

A presença de cálculos nem sempre irá gerar um quadro clínico. Quando estes são de tamanhos menores, pode ser que o paciente nem descubra sua existência; em alguns casos, a descoberta e diagnóstico são feitos por exames de imagem solicitados por outros motivos.

Cólicas

Mas, quando há manifestação de sintomas, eles costumam ser característicos:

  • Cólica: as dores costumam ser de forte intensidade, cíclicas, e acompanhadas de outros sintomas (como náuseas, sudorese, hipertensão). A dor pode variar conforme a localização do cálculo.
  • Hematúria: chama-se de hematúria a presença de sangue na urina, e ela também pode estar presente nestes casos. Em algumas situações, ela é chamada de microscópica, pois o paciente não percebe.
  • Obstrução: em alguns casos, os cálculos são formados na região da saída da urina, e assim, o paciente não consegue mais eliminá-la. Nestes casos, poderão ser desencadeados uma série de outros sintomas.
  • Pielonefrite: da mesma forma que infecções podem ser causadoras de cálculos, depois de formados, estes também podem levar à casos de infecção grave. Neste caso, a complicação é grave, e necessita de uma intervenção médica imediata.

Quais os tratamentos de litíase?

Como já foi dito anteriormente, os tratamentos para a litíase serão feitos conforme a gravidade e localização do problema. Conheça algumas das formas mais comuns utilizadas:

1. Hidratação e acompanhamento

Em casos de cálculos milimétricos não obstrutivos, esta costuma ser a conduta mais tomada. Ela consiste em visitas cíclicas ao médico, bem como a recomendação de ingerir muita água.

Isso evitará que a doença se complique!

2. Medicamentos

Em casos onde a cirurgia não pode ser feita imediatamente, ou então, não é mais recomendada, e o paciente relata dor, é feito um tratamento conservador.

Geralmente, o médico receitará analgésicos e anti-inflamatórios, para minimizar o quadro aguardando a eliminação espontânea do cálculo.

3. Cirurgia aberta

Praticamente abolida nos dias atuais. Foi durante muito tempo a forma mais tradicional e mais temida do tratamento de cálculos. Consistiam em um complicado pós-operatório. Hoje em dia vem sendo deixada de lado após o surgimento de novos procedimentos cirúrgicos, menos invasivos.

4. Tratamento endoscópico e minimamente invasivo

São as formas de tratamento cirúrgico mais atuais. Consistem em técnicas para retirada de cálculo minimamente invasivas, e que poupam o paciente de um complicado pós-operatório. Conheça-as a seguir!

Conheça a cirurgia minimamente invasiva!

Depois de um diagnóstico de litíase, e consequente indicação cirúrgica, o paciente se encontrará diante de alguns tratamentos. A indicação será feita pelo médico, conforme a gravidade do seu caso, e também na tentativa de minimizar as complicações. Saiba quais são estes métodos:

1. Ureteroscopia rígida

Apesar de ser um procedimento feito em centro cirúrgico e mediante anestesia, é uma das formas mais simples de tratar a litíase.

O método também pode ser chamado de endoscópio, por utilizar a uretra para passagem do equipamento através do ureter do paciente, sem a necessidade de cortes.

Depois de localizado o cálculo, este será fragmentado com a utilização de um laser e seus fragmentos retirados com auxílio de uma “cestinha” chamada basket ou dormia.

Pode ocorrer no pós-operatório um ardor e desconforto para urinar, ocasionados pela passagem de equipamentos e sondas.

2. Ureteroscopia flexível

É uma adaptação do item anterior, porém utilizado para cálculos renais situados em localizações diversas. A câmera utilizada neste caso é capaz de “fazer curvas”, ou seja é flexível, permitindo tratar cálculos nas mais diversas localizações do sistema urinário.

O tamanho máximo do cálculo recomendado para este tratamento é de até 2 cm.

O procedimento será o mesmo, e a destruição do cálculo também será feita por laser.

3. Nefrolitotripsia percutânea

Quando o cálculo é grande (maior que 2 cm) demais para ser retirado pelos métodos anteriores, pode-se utilizar esta técnica cirúrgica.

Ela consiste em um procedimento feito em centro cirúrgico, e com anestesia geral. O médico utilizará o cistoscópio, um catéter que enviará contraste para o rim, de modo a melhor identificar o cálculo, seu tamanho e localização.

Depois disso, será feita uma espécie de punção no rim, que irá primeiro fragmentar os cálculos, e depois retirá-los, pela mesma incisão.

Na maioria dos casos, o cálculo é completamente retirado, e depois de 1 a 2 dias o paciente recebe alta.

Com toda certeza, é um dos métodos mais fáceis e com menores complicações para pacientes que sofrem com grandes cálculos, e não desejam passar por uma cirurgia aberta (convencional).

4. Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO)

O procedimento é feito com auxílio de um ultrassom e raio x, acoplando-se um aparelho que emitirá ondas diretamente nos cálculos para destruí-los.

Feita a quebra (litotripsia), eles poderão ser eliminados espontaneamente. Para aumentar ao conforto do paciente, o procedimento pode ser feito sob anestesia.

Mas, para a escolha deste tratamento, é preciso avaliar o tamanho do cálculo, localização, condição do paciente, e outras questões, que serão levadas em conta pelo médico responsável.

Cuidados no pós operatório

Mesmo tendo menores complicações e dores que as cirurgias tradicionais, os procedimentos minimamente invasivos também requerem alguns cuidados:

  • Hidratação: é preciso ingerir muita água por dia, de modo a eliminar possíveis “resquícios” dos cálculos.
  • Medicações: muitas vezes, o médico prescreverá antibióticos e analgésicos, que devem ser tomados corretamente para evitar complicações.
  • Retorno ao médico: uma consulta de retorno será agendada, e deverá ser respeitada, para a avaliação médica sobre a efetividade do tratamento.
  • Repouso: se necessário, o médico solicitará um período de repouso, para garantir que o procedimento não causará desconfortos.

E no surgimento de qualquer outro efeito inesperado, o médico responsável pelo procedimento deverá ser procurado!