A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na pelve.
Tem o tamanho de uma amendoa e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Mal que surge em cerca de 10% dos homens com 50 anos, 30% daqueles com 70 anos e 100% dos que chegarem aos 100 anos de idade.
São esperados aproximadamente 61.200 novos casos de câncer de próstata em 2016, determinando 13.772 mortes.
Em fases iniciais, o câncer de próstata é absolutamente assintomático e é nessa fase em que ele é curável. Para o diagnóstico faz-se necessário o exame de toque (áreas endurecidas na glândula) e as dosagens no sangue do PSA que é a sigla em inglês de “antígeno específico prostático”. Esses dois exames devem ser realizados conjuntamente, uma vez que o toque e o PSA, isoladamente, revelam, respectivamente, cerca de 25% e 45% dos casos com a doença. Quando usado em conjunto, a chance de diagnóstico precoce sobe para 75%.
Os principais fatores de risco são idade (acima de 50 anos), história familiar positiva (a chance de desenvolver câncer aumenta 1,5 para quem tem 1 parente com história de câncer, 3,0x para que tem 2 e 5,0x para quem tem 3 parentes) e ser da raça negra.
É recomendado que se inicie o rastreio aos 50 anos para aqueles que não tem fatores de risco e aos 45 anos para os que possuem fatores de risco.
O avanço da tecnologia com Ressonância Multiparamétrica e PSMA-PET CT permite identificar, com 80% de acurácia, áreas suspeitas para o câncer, porém o diagnóstico só pode ser confirmado após a realização de biópsia transretal da próstata guiada por ultrassonografia.
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento deve ser decido em conjunto com o médico assistente e este deve ser individualizado para cada caso, levando-se em conta fatores como estágio da doença, expectativa de vida, vontade do paciente e experiência do cirurgião.
São alternativas de tratamento: 1) remoção cirúrgica da glândula e vesículas seminais (chamado de prostatavesiculectomia radical). Esse procedimento pode ser por via convencional (incisão infraumbilical), via perineal, via laparoscópica e via laparoscópica assistida por Robô; 2) Radioterapia; 3) Braquiterapia; 4)HIFU- Ultrassonografia focada de alta intensidade; 5) Vigilância ativa