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Confira Câncer de prostata

Diagnóstico do câncer de próstata

Diagnóstico do câncer de próstata. Conheça a pontuação de Gleason e os níveis do PSA

As doenças que envolvem a próstata são cada vez mais comuns, visto que costumam aparecer com o avançar da idade. Com o aumento da expectativa de vida, elas se tornaram mais prevalentes, e os números tendem a aumentar cada vez mais!

Dentre estas enfermidades, destaca-se o temido câncer de próstata, que atualmente, é a neoplasia mais comum em homens. Também, é o terceiro câncer que mais mata.

Mas, a idade avançada não é o único fator determinante da doença. Existem outros fatores envolvidos, a exemplo de:

  • Hereditariedade: se você possui um caso de câncer de próstata na família, seja de pai, avô, ou bisavô, é importante estar atento à doença. Quanto maior o parentesco com o afetado, maiores são as chances.
  • Negros: alguns estudos trazem a relação entre doença e etnia. Neste caso, os maiores afetados seriam os homens negros.
  • Dieta: alguns alimentos são considerados protetores para o câncer, a exemplo de tomate e cenoura. Portanto, o não consumo destes pode expor o indivíduo aos “erros genéticos” que causam o tumor.
  • Vícios: o tabagismo e o etilismo destacam-se nos maus hábitos de vida que provocam cânceres, e no caso da neoplasia de próstata não é diferente.

Todos estes fatores e hábitos de vida contribuem para o desenvolvimento da doença, principalmente se existentes em conjunto. Sendo assim, a prevenção é sempre a melhor saída!

Como é feito o diagnóstico?

Recomenda-se que o rastreamento seja feito a partir dos 50 anos. Como o câncer de próstata se desenvolve lentamente, torna-se possível diagnosticar a doença em estágios iniciais, e assim, a chance de cura é drasticamente maior.

Conheça os dois principais exames disponíveis:

  1. Toque retal

O exame pode ser feito pelo urologista, e preferencialmente, todos os anos. Consiste em um exame físico, altamente confiável, já que além de notar alterações no tamanho do órgão, o médico percebe que a consistência do mesmo está alterada.

Quando houver dúvidas, poderão ser solicitados outros exames, para então encaminhar o paciente para uma biópsia (que seria o exame fundamental para fechamento diagnóstico).

  1. PSA

Se trata de outro exame implantado na prevenção, com o objetivo de detectar precocemente a doença: o PSA. Traduzido como antígeno prostático específico, funciona como marcador tumoral, que em níveis aumentados, pode indicar a doença. É importante ressaltar que, PSA aumentado não significa, necessariamente, câncer de próstata.

O ideal é que sejam sempre acompanhados os valores ao longo do tempo, e não isoladamente. Além disso, é essencial que seja avaliado conjuntamente com o toque retal, explicado anteriormente.

Mas afinal, quanto pode dar o seu PSA? Conheça o que significa cada um destes valores:

  • Valores abaixo de 2,5 ng/mL: consistem em baixos valores, e na maior parte dos casos, excluem o diagnóstico de câncer.
  • Valores entre 2,5 e 10 ng/mL: não afirmam com certeza que o indivíduo está com câncer de próstata. Porém, encontrar-se nessa faixa, indica 25% de chance de estar com a doença, e a biópsia se faz necessária nestes casos.
  • Valores acima de 10 ng/mL: elevam a chance da doença para 50%, e se tratam de casos que requerem a investigação imediata.
  • Valores acima de 20 ng/mL: apesar de aparecerem raramente, merecem atenção especial, pois elevam drasticamente a chance de um diagnóstico de câncer.

Mas, muito cuidado! Este exame possui uma baixa especificidade, e como já visto, valores aumentados não são sinônimos da doença. Um dos motivos, é que existem diversos fatores na realização do exame, que podem interferir neste resultado (na maioria dos casos, aumentando os valores):

  • Atividades físicas excessivas nas últimas 48h;
  • Atividades sexuais nos dias anteriores ao exame;
  • Manipulação da região retal;
  • Passeios de bicicleta ou a cavalo;
  • Constipação e/ou eliminação de fezes endurecidas.

Portanto, antes de tirar qualquer conclusão, discuta o caso com seu médico e exponha todas as suas dúvidas.

  1. Biópsia

Só será feita quando os dois exames anteriores derem grandes indícios da presença da doença, e assim, realiza-se a biópsia para dar o diagnóstico final.

Ela geralmente é feita por agulha, e guiada através da ultrassonografia transretal. O conteúdo aspirado é enviado a patologia, onde passará por uma análise – que será detalhada a seguir!

Como o câncer é classificado?

Depois de realizada a biópsia, será o médico patologista o capacitado para analisar e avaliar os tecidos da próstata do indivíduo. Na tentativa de padronizar e melhor classificar os achados desta doença, criou-se a escala de Gleason.

Esta escala consiste em duas etapas, em que médico que analisa as lâminas dos tecidos obtidos na biópsia, microscopicamente. São elas:

  • Grau primário: seria a observação da maior parte do tumor – isto é, mais de 50% do tecido retirado e preparado histologicamente.
  • Grau secundário: corresponde a minoria do tecido, mas também é relevante para o conhecimento de células anormais e outras alterações possíveis.

Cada grau recebe uma classificação de 1 a 5. Basicamente, cada um destes significaria:

  • Grau 1: próstata muito semelhante ao tecido normal.
  • Grau 2: semelhante a normalidade, porém, há aumento na quantidade de tecido.
  • Grau 3: as glândulas responsáveis pela secreção do líquido prostático ainda são visíveis, mas um pouco alteradas. Observa-se também, que elas estão invadindo tecidos e células com funções diferentes da de secreção.
  • Grau 4: o tecido está pouco reconhecível, e há invasão de estruturas vizinhas.
  • Grau 5: tecido irreconhecível.

Depois disso, será feita a soma dos dois níveis, e finalmente, classifica-se a doença em escores – que variam de 2 a 10. Seria interpretado, mais ou menos da seguinte forma:

  • Escore 2 a 5: seria um paciente com tecido da próstata muito semelhante ao normal, ou ainda, com pouquíssimas alterações. Não é considerado câncer atualmente
  • Escore 6: seria um estado intermediário, marcado pela presença de invasões celulares e outros indícios de neoplasia. Este escore de Gleason seria o primeiro considerado câncer.
  • Escore 10: se trataria de uma próstata praticamente irreconhecível, com padrão anormal de células. Caracteriza um estágio grave da doença.

Mas, para maiores esclarecimentos, é essencial que haja uma conversa com o médico responsável! Assim, será decidida a melhor a forma de tratamento e necessidade/possibilidade de cirurgia.

Leia
Câncer de próstata

Quais os tipos de câncer de próstata?

A próstata é um órgão sexual exclusivamente masculino, e que conta com uma estrutura complexa. Sua principal função é produzir o líquido prostático, que será parte da composição do sêmen.

O câncer de próstata vem preocupando a maioria dos homens, principalmente com o avançar da idade. Existem dois motivos principais influenciadores do desenvolvimento da doença. Conheça-os:

  • Idade: como já dito anteriormente, a idade é um dos fatores que preocupa, e o aumento da expectativa de vida (isto é, os homens passaram a viver mais anos) está relacionado com o aumento do número de casos nos últimos tempos.
  • Hereditariedade: a presença de casos na família também interfere, e a chance é diretamente proporcional ao grau de parentesco – se o pai teve a doença, o filho possui grandes chances de desenvolvê-la, maior que se o câncer tivesse aparecido em seu avô.

Diversos outros fatores também estão sendo estudados e relações vêm sendo comprovadas.

E, depois de feito o diagnóstico, um dos pontos importantes também é o tipo de câncer de próstata presente. A seguir, conheça os principais!

Os 2 Principais Tipos de Câncer de Próstata

É difícil determinar a extensão e gravidade da doença, e para isso, existe uma escala que classifica o câncer em estágios: a chamada escala de Gleason.

Além deste estadiamento, conhecer o tipo do câncer de próstata é essencial para decidir o melhor tratamento. Esta classificação se baseia no tipo de tecido atingido, pois, como dito anteriormente, a próstata é um órgão complexo e formado por estruturas distintas.

Adenocarcinoma

Responsável por 95% de todos os diagnósticos de câncer de próstata, o adenocarcinoma atinge o epitélio glandular – isto é, as glândulas responsáveis pela produção do líquido prostático.

É de se esperar que este seja o tipo mais comum, quando se pensa na função do órgão: a de secreção!

Sarcoma

Embora menos comum, a presença de câncer na parte muscular da próstata também pode ocorrer. Você deve estar se perguntando a função que o músculo desempenha neste órgão, não é?

A resposta é simples! É preciso que o líquido prostático seja expelido com grande força e agilidade no momento da ejaculação, e para isso, nada melhor que fibras musculares responsáveis pela constrição do órgão.

Como perceber um câncer de próstata?

Câncer de próstata

Esta é uma pergunta que muitos homens se fazem, principalmente quando percebem mudanças do sistema genital e/ou urinário.

Inicialmente, o câncer dificilmente manifestará sintomas, visto que no princípio da doença, ele não atinge grandes extensões do órgão.

Com o crescimento e avançar do tumor, que geralmente ocorre de forma lenta, existem algumas manifestações facilmente perceptíveis, relacionadas com a posição do órgão: a próstata está extremamente próxima da bexiga, e também, é cortada pela uretra.

Sendo assim, os principais sintomas serão referentes a desconfortos urinários: sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, necessidade de ir muitas vezes ao banheiro, vontade de urinar a noite, e muito mais.

Em estágios mais graves, que há metástases (isto é, invasão de outras estruturas), os sintomas são mais acentuados:

  • Perda de peso;
  • Sensação constante de mal-estar;
  • Anemia;
  • Dor óssea, pelo fato deste tipo de câncer atingir principalmente a coluna vertebral.

E outros, sempre relacionados com o órgão atingido.

Como prevenir?

A principal forma de prevenir o câncer de próstata é buscar conhecer a presença da doença nos estágios ainda iniciais, para investir no tratamento, e buscar a remissão do tumor.

A maioria dos homens conhece o principal exame diagnóstico de câncer de próstata, que é o toque retal. Ele costuma ser feito pelo médico urologista, anualmente, a partir dos 50 anos (esta data pode ser antecipada quando há presença de casos na família).
Além dele, existem outras formas de rastrear a doença:

  • PSA: se trata de um exame laboratorial, que deve ser feito anualmente. Sua avaliação não é individual, e deve ser feita sempre comparando os resultados anteriores.
  • Ultrassonografia: também é utilizada em alguns casos, principalmente quando há suspeita de tumor.

Previna-se. Consulte seu urologista.

Leia
Robô Da Vinci

Conheça a cirurgia robótica no câncer de próstata

O câncer de próstata é um dos mais comuns entre homens de idade avançada (principalmente depois dos 50 anos), e pelo seu possível diagnóstico precoce, o tratamento costuma ser efetivo.

O toque retal e as medidas de PSA são formas de rastreio da doença, e com isso, ele pode ser descoberto ainda em estágios iniciais ainda com possibilidade de tratamento curativo. A cirurgia para remoção completa da próstata pode ser uma alternativa.

Ultimamente o tratamento do câncer de próstata vem sendo realizado de maneira minimamente invasiva, reduzindo sequelas sendo a cirurgia robótica a forma mais eficaz e segura de realizar este procedimento.

Conhecendo o robô

As primeiras cirurgias robóticas, também chamadas de cirurgias robô-assistidas, foram realizadas por volta dos anos 80. Desde então, observam-se inúmeros avanços na modalidade.
Atualmente a plataforma robótica utilizada é o sistema Da Vinci, onde braços mecânicos são acoplados ao paciente e manipulados por um cirurgião através de um console.
Assim, através de pequenos orifícios no abdome do paciente, os braços robóticos reproduzirão os movimentos do cirurgião com uma melhor precisão e filtrando eventuais tremores.

Segurança na cirurgia robótica (robô-assistida)

O nome correto da cirurgia é: Cirurgia Robô-assistida, uma vez que o robô não realiza movimentos voluntários. Os braços robóticos apesar reproduzem os movimentos do cirurgião que controla tudo através de um console. Desta maneira, o robô proporciona:

  • Alta precisão: os instrumentos utilizados pelo robô serão super delicados, e chegarão unicamente no local alvo.
  • Baixa perda de sangue: cirurgia tem menor chance de lesar tecidos adjacentes e vasos sanguíneos, contribuindo para baixas chances de sangramento.
  • Filtração do tremor: O sistema Robótico é capaz de perceber pequenos tremores naturais dos movimentos do cirurgião, filtrando-os, garantindo movimentos ainda mais finos que em uma cirurgia aberta.

Sendo assim, pode-se dizer que a cirurgia robótica é muito mais segura que a cirurgia aberta, e tende a revolucionar a área da saúde!

Benefícios exclusivos

Cirurgia robóticaPor tratar-se de uma cirurgia minimamente invasiva, capacidade de filtração de tremores, utilização de câmera em 3 dimensões, melhor ergonomia para o cirurgião e melhor precisão de movimentos, faz com que a cirurgia robô-assistida esteja se tornando uma excelente alternativa para tratamento de determinadas patologias, como o câncer de próstata.

Procedimento minimamente invasivo

A alta complexidade do mecanismo cirúrgico garante que todos os órgãos e tecidos ao redor do que está sendo operado, sejam preservados.

Alta chance de recuperar a ereção

A anatomia do órgão genital masculino é complexa, pois se tratam de estruturas mínimas e muito próximas, de fácil lesão nos procedimentos cirúrgicos.

Mas, como o procedimento robótico é minimamente invasivo, as chances de lesão também serão mínimas, e o paciente terá melhores chances de recuperar a ereção que na cirurgia tradicional.

Redução de problemas urinários

Devido a precisão dos movimentos, utilização de câmera de alta definição e em 3 dimensões, fazem com que a cirurgia para o câncer de próstata robô-assistida tenha melhores resultados do ponto de vista funcional de continência.

Tempo de recuperação

Pelo baixo risco de complicações, sangramentos e menor dor que no método convencional, a cirurgia robótica permite uma rápida recuperação do paciente, que poderá retornar ao trabalho de forma mais precoce após o procedimento!

Pós operatório da cirurgia robótica

Devido aos grandes benefícios de um procedimento minimamente invasivo, a prostatectomia radical robô-assistida, permite que o paciente retorne de forma mais precoce para as suas atividades habituais e que tenha menor chance de sequelas pós cirúrgicas.

Onde realizar a cirurgia?

Atualmente 34 plataformas robóticas existem no Brasil, sendo apenas 4 delas no sistema publico de saúde.

No entanto, esta deve ser uma realidade bem diferente nos próximos 5 a 10 anos, com a chegada de novos sistemas robóticos tornando o procedimento mais difundido em todas as regiões.

Leia
Exame de próstata

Exame de próstata: quebrando com o silêncio inicial do câncer de próstata

O Câncer de próstata é o de maior incidência entre os homens, excetuando-se os canceres de pele não-melanoma, principalmente a partir dos 50 anos. Como não manifesta sintomas inicialmente, o seu diagnóstico costuma ser tardio, e nestes momentos, já atingiu outros órgãos.

Uma das formas de prevenir e tratar a doença precocemente, é com o diagnóstico precoce: o toque retal associado ao exame de sangue (PSA- antígeno específico prostático). Esta é uma das formas mais simples e eficazes de descobrir a doença em seus momentos iniciais.

Quais são os fatores de risco?

Existem alguns fatores que aumentam a chance entre os homens de desenvolver a doença, e por isso, é preciso estar atento:

  • Idade: a doença é mais frequente em homens a partir de 50 anos.
  • Histórico familiar: a presença de um familiar atingido, aumenta em 2 vezes a chance de desenvolver a doença. Quanto mais casos tiver na família, maiores as chances.
  • Alimentação: uma dieta rica em gorduras, e pobre em vitaminas, podem propiciar o desenvolvimento da doença.
  • Raça: o câncer parece ser mais comum em negros.

O que é o exame de próstata?

Se trata de um exame simples e de rotina, feito em consultório, pelo seu médico.

Consiste no toque retal, e através dele, o médico pode avaliar a consistência da próstata, tamanho e presença de nodulações. Mesmo pequenas alterações já poderão ser percebidas, e assim, serão pedidos outros exames para a investigação da doença.

O ideal, é que o exame seja feito a partir dos 50 anos em homens “normais” (ou sem fatores de risco), e a partir de 45 anos naqueles que possuem mais chance de desenvolver a doença (situações listadas anteriormente).

Quais são os sintomas da doença?

Exames e SintomasNa maioria dos casos, a doença não manifesta sintomas, e assim, não leva o paciente a buscar auxílio médico. Por isso, é essencial que o exame seja feito rotineiramente, para que no caso de desenvolvimento do câncer, este possa ser diagnosticado em fases iniciais.

Existem alguns sintomas que podem ser manifestados em fases mais avançadas da doença:

  • Alterações urinárias: a micção noturna e dificuldade para urinar, podem ser os primeiros sintomas da doença.
  • Dores nas costas: corresponde à estágios mais avançados da doença, em que já existem metástases (presença do câncer em outros órgãos).

Quais as possíveis complicações?

Como se trata de um câncer, o não tratamento poderá resultar em metástases, como descrito anteriormente.

A metástase consiste no “espalhamento” do câncer para outros órgãos, sejam vizinhos, ou distantes (que será feito pela corrente sanguínea ou vasos linfáticos).

Nestes casos, o paciente começa a apresentar outros sintomas (como a dor nas costas, mencionada anteriormente), e como a doença já se encontra em estágio mais grave, o tratamento é mais intenso, e as chances de cura, menores.

Se o exame de próstata indicar alterações, o que será feito?

Nem sempre uma alteração no seu exame de próstata será um indicativo de câncer. Em casos de suspeita, o médico pedirá alguns exames para melhor avaliar:

  • PSA: um exame que pode ser feito facilmente. Costuma alterar em doenças da próstata em geral. Entre essas doenças, o câncer. Por esta razão ele não deve ser analisado isoladamente e sim juntamente com o exame físico da próstata (toque retal).
  • Ultrassom: também se trata de um exame feito em consultório, e que avaliará a integridade da próstata, tamanho e estruturas vizinhas.
  • Ressonância Multiparamátrica da próstata: Atualmente é o exame mais utilizado para casos de suspeita de câncer de próstata. Não é suficiente para fechar o diagnóstico, mas indica a área de maior suspeita para a doença, facilitando a biópsia.
  • Biópsia: é somente com a biópsia que se pode definir o diagnóstico de câncer. Avalia o tecido prostático, suas características, para então diagnosticar ou eliminar a possibilidade de câncer.

E se não for câncer?

Existem outras doenças, mais simples, que também podem atingir a próstata, e em um momento inicial serem confundidas com câncer. Depois de uma avaliação mais apurada de seu médico, o diagnóstico será feito, e o tratamento será decidido em conjunto. Conheça outras duas doenças que causam sintomas semelhantes:

  • Hiperplasia benigna da próstata: corresponde a um crescimento da próstata, que pode causar dificuldades para urinar ou ejacular.
  • Prostatite: é uma infecção do órgão, que na maioria dos casos é ocasionada por bactérias.

Sendo assim, realize o toque retal rotineiramente, e no caso de qualquer sintoma, busque seu médico!

Leia
dieta rica em gordura causa cancer

Quais alimentos podem causar câncer de próstata?

O câncer de próstata é o câncer mais comum em homens, e também responsável por muitas mortes todos os anos.

Sabe-se que a principal faixa acometida é a partir dos 50 anos e portanto, o exame do toque retal a partir desta idade, pode ser o facilitador do diagnóstico precoce, e assim, responsável por um tratamento de sucesso.

Por mais que esteja ligado à diversos fatores genéticos, uma das causas de seu aparecimento, é relacionada à hábitos de vida: a UNIFESP publicou recentemente um estudo, que dizia que 35% dos casos de câncer de próstata estão ligados à alimentação!

Conheça a seguir, alguns alimentos que podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença:

1. Dieta rica em gorduras

Estudos recentes indicaram que a alimentação rica em gorduras, principalmente a animal, pode estar fortemente relacionada com o desenvolvimento do câncer de próstata.

Além da doença neoplásica, sabe-se que esta dieta estará também muito relacionada com problemas cardiovasculares.

Saiba mais informações acessando o estudo que divulgou esta informação: http://www.redalyc.org/html/630/63013126/.

2. Ausência de fibras na alimentação

As fibras são compostos encontrados em vegetais e frutas, e que não são capazes de ser digeridos em nosso organismo. Por esse motivo, elas serão as principais matéria-primas para a formação do bolo fecal, e terão ação no bom funcionamento intestinal.

Sugeriu-se recentemente que elas também podem estar ligadas à prevenção do câncer de próstata: assim, uma dieta pobre em fibras, pode servir como fator de risco para a doença.

3. Falta de vitamina D

Quando se fala em vitamina D, automaticamente lembra-se da exposição solar: a maioria dos brasileiros possui um déficit neste composto tão importante, pelos hábitos de vida e baixa exposição solar diária.

Mas, poucas pessoas sabem que a vitamina também pode ser encontrada na alimentação: leite, frutos do mar, fígado bovino, ovo, e outros alimentos podem ser fontes de vitamina D!

Assim, a ausência deste elemento no organismo, também poderá elevar as chances de desenvolver o câncer de próstata.

Quais outros fatores elevam as chances de desenvolver a neoplasia?

Os 3 alimentos mencionados anteriormente, são os principais determinantes alimentares para o desenvolvimento da neoplasia. Mas, ainda falando de hábitos de vida, existem outros fatores envolvidos no desenvolvimento da doença. Conheça-os a seguir:

1. Tabagismo

Fumar pode aumentar as chances de desenvolver inúmeras doenças, e uma delas é o câncer. Levando em conta que grande parte da população masculina é tabagista, considera-se este público como de risco para o desenvolvimento da neoplasia em questão.

2. Sedentarismo

A falta de exercícios físicos pode estar estritamente ligada ao desenvolvimento de cânceres, e um deles é o de próstata.

Além das consequências diretas do sedentarismo, tem-se ainda a obesidade, que eleva estas chances.

3. Questão genética

Já mencionada anteriormente, a genética terá forte influência sobre o desenvolvimento da doença. E quanto mais casos presentes na família, maiores a chance do desenvolvimento.

Como prevenir?

Agora que você conhece a maior parte dos fatores de risco para a doença, principalmente relacionados com a alimentação, pode tomar algumas medidas para evitá-la:

  • Tornar a dieta pobre em gorduras e rica em fibras;

  • Tomar sol diariamente, 20 minutos pela manhã;

  • Suplementar vitamina (principalmente D) quando necessário;

  • Praticar exercícios físicos;

  • Evitar a obesidade;

  • Abandonar hábitos tabagistas e etilistas (consumo de álcool);

Prevenir com exame de toque

E muito mais!

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda o exame de próstata a partir de 50 anos, e aos 45 anos para homens com histórico familiar.

O toque retal é a principal forma de descobrir a doença em seu início, visto que o câncer é silencioso, e se não pelo exame de prevenção, será diagnosticado apenas em estágios avançados.

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Câncer de prostata

Câncer de Prostata

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na pelve.

Tem o tamanho de uma amendoa e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Mal que surge em cerca de 10% dos homens com 50 anos, 30% daqueles com 70 anos e 100% dos que chegarem aos 100 anos de idade.

São esperados aproximadamente 61.200 novos casos de câncer de próstata em 2016, determinando 13.772 mortes.

Em fases iniciais, o câncer de próstata é absolutamente assintomático e é nessa fase em que ele é curável. Para o diagnóstico faz-se necessário o exame de toque (áreas endurecidas na glândula) e as dosagens no sangue do PSA que é a sigla em inglês de “antígeno específico prostático”. Esses dois exames devem ser realizados conjuntamente, uma vez que o toque e o PSA, isoladamente, revelam, respectivamente, cerca de 25% e 45% dos casos com a doença. Quando usado em conjunto, a chance de diagnóstico precoce sobe para 75%.

Os principais fatores de risco são idade (acima de 50 anos), história familiar positiva (a chance de desenvolver câncer aumenta 1,5 para quem tem 1 parente com história de câncer, 3,0x para que tem 2 e 5,0x para quem tem 3 parentes) e ser da raça negra.

É recomendado que se inicie o rastreio aos 50 anos para aqueles que não tem fatores de risco e aos 45 anos para os que possuem fatores de risco.

O avanço da tecnologia com Ressonância Multiparamétrica e PSMA-PET CT permite identificar, com 80% de acurácia, áreas suspeitas para o câncer, porém o diagnóstico só pode ser confirmado após a realização de biópsia transretal da próstata guiada por ultrassonografia.

Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento deve ser decido em conjunto com o médico assistente e este deve ser individualizado para cada caso, levando-se em conta fatores como estágio da doença, expectativa de vida, vontade do paciente e experiência do cirurgião.

São alternativas de tratamento:  1) remoção cirúrgica da glândula e vesículas seminais (chamado de prostatavesiculectomia radical). Esse procedimento pode ser por via convencional (incisão infraumbilical), via perineal, via laparoscópica e via laparoscópica assistida por Robô; 2) Radioterapia; 3) Braquiterapia; 4)HIFU- Ultrassonografia focada de alta intensidade; 5) Vigilância ativa

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