A maioria dos pacientes costuma se assustar quando o assunto é tratamento cirúrgico. Isso ocorre porque existe um certo “trauma” do procedimento, também das consequências que este costuma deixar: necessidade de repouso, possíveis complicações, cicatrizes, etc.
Mas, para amenizar todos estes danos e facilitar a vida do paciente, atualmente, vem sendo utilizadas técnicas de cirurgias minimamente invasivas, que tem por objetivos:
- Reduzir as lesões aos órgãos adjacentes: o objetivo é lesar o mínimo possível de órgãos e tecidos em torno do que se deseja operar;
- Aumentar a especificidade do procedimento;
- Diminuir as complicações no pós-operatório;
- Reduzir o tempo de recuperação do paciente;
- Minimizar as cicatrizes.
Quando se fala em urologia, a técnica é super útil devido a proximidade das estruturas e necessidade de um procedimento mais minucioso. Assim, o paciente tem mínima chance de ficar com sequelas e danos indesejáveis.
Quais tipos de cirurgias são possíveis?
Quando se fala em procedimento minimamente invasivo, pode-se classificar em dois grandes grupos:
Videolaparoscopia
O procedimento é feito a partir de pequenas incisões no paciente, para permitir que câmera e trocânteres sejam inseridos.
O médico acompanhará o que está acontecendo internamente durante o procedimento, através de um televisor. Ao mesmo tempo, estará manipulando os trocânteres, até que estes cheguem no local desejado, realizando o procedimento almejado.
Depois de finalizada, os instrumentos são retirados do paciente e a lesão é “fechada”.
Cirurgia robótica
Já vem sendo discutida e testada desde meados de 1980, e está cada vez mais sendo aperfeiçoada.
Difere da videolaparoscopia, pois o médico manipula o procedimento através de um robô, ficando distante do paciente e acompanhando tudo por telas.
O uso do robô tem algumas vantagens sobre a videolaparoscopia convencional, e a principal delas, é a precisão dos movimentos.
Em quais situações na urologia a cirurgia minimamente invasiva é recomendada?
Sabe-se que quando se fala em urologia, está se tratando de estruturas pequenas e muito próximas, que podem ser lesadas facilmente, e acarretar em enorme prejuízo ao paciente.
Saiba algumas das indicações dos procedimentos minimamente invasivos:
Tratamento da Litíase
A litíase, popularmente conhecida como “pedras” ou “cálculos”, é mais comum nos rins, e causa uma diversidade de desconfortos e prejuízos ao paciente, sendo o mais grave, a interferência no funcionamento do órgão.
Uma das formas de tratar, é pela cirurgia minimamente invasiva.
Tratamento do Câncer de Rim
Os cânceres renais costumam ser doenças muito silenciosas, e descobertos em exames de rotina ou após o aparecimento de sintomas. Sendo assim, geralmente são descobertos em fases mais avançadas.
Muitas vezes, é preciso remover todo o rim ou parte dele, e para isso, podem-se utilizar cirurgias minimamente invasivas.
Tratamento do Câncer de Bexiga
O câncer de bexiga também é uma condição que pode exigir a remoção do órgão, e sendo assim, é preciso optar por um procedimento minucioso e preciso.
Tratamento do Câncer de Próstata
O câncer de próstata é cada vez mais comum após os 50 anos em homens, e sendo assim, é necessário encontrar a melhor forma de tratá-lo.
A cirurgia acaba sendo uma das formas de exterminar a doença, e na tentativa de reduzir os efeitos “adversos”, a videolaparoscopia ou cirurgia robótica entram em questão:
- Menor chance de haver disfunção sexual;
- Menores lesões uretrais.
Pós Operatório
Apesar de todos os procedimentos cirúrgicos exigirem um cuidado pós-operatório, no caso das cirurgias minimamente invasivas, ele se torna um pouco mais tranquilo, devido a algumas questões:
- Menores cicatrizes: a área de corte é muito menor que de uma cirurgia aberta, facilitando a higiene e cuidados locais.
- Menor dor: como menos órgãos, tecidos e estruturas serão lesados, a dor acaba sendo menor e mais localizada.
- Pouco tempo de repouso: este, será dado pelo médico conforme o local de cada procedimento, mas em geral, costuma ser menor.
- Menores taxas de internação: a alta da cirurgia minimamente invasiva ocorrerá muito antes que de um procedimento tradicional.